Muitos imaginam que o Jeep Compass chegou ao Brasil em setembro de 2016, na geração que todos conhecem muito bem.
Ela é representada por encontros frequentes de um carro a cada 30 segundos pelas ruas do país, afinal, são mais de 400.000 unidades já fabricadas no país.
Mas o Jeep Compass chegou antes ao nosso território, na forma da geração anterior, bem mais quadradinha, mas com um visual dianteiro até que bem parecido com o modelo de 2016 em diante.
Em fevereiro de 2012, as primeiras unidades do Jeep Compass começavam a ser vendidas, com exatamente o mesmo preço inicial do modelo de 2016: R$ 99.990.
Visual quadrado focado nas mulheres
O primeiro Jeep 4×2 da marca no Brasil era o da primeira geração, lançada em 2007 lá no exterior.
Ela tinha um visual dianteiro bem feio, que foi amenizado em um facelift em 2011. É desse modelo que estamos falando.
Ele vinha para brigar com os crossovers compactos. A porta de entrada da marca naquele ano já era vista como não muito “Jeep”, pois não tinha tração nas quatro rodas e tinha um visual bem urbano.
O objetivo era vender 2.000 unidades no primeiro ano de comercialização.
Os executivos da Jeep informavam que o público seria 60% feminino, em uma época onde a febre dos SUVs ainda não tinha nem mesmo começado a tomar conta do mercado como um todo.
Preço, equipamentos e deslizes
O preço de quase R$ 100.000 era bem maior do que aqueles praticados pela Mitsubishi, ao vender o ASX, ou mesmo pela Hyundai, com seu concorrente Tucson. O ix35, também tinha preço menor, na casa dos R$ 90.000.
Pelo menos quem comprava o caro e quadrado Compass 2012 tinha à disposição itens chiques para a época, como seis airbags e controle de tração e correção eletrônica de rolagem da carroceria.
Só que a Jeep cometeu vários deslizes no lançamento do Compass 2012 no Brasil, naquele momento.
O ambiente interno do crossover tinha quadro de instrumentos de carro popular, muito plástico rígido, rádio simplório no painel (e não a central multimídia que vemos em fotos de outros países), e bancos em tecido, ao invés de couro.
O motor também era fraco, um 2.0 16 válvulas com 156 cavalos de potência e 19,4 kgfm de torque.
Para completar a tristeza, câmbio CVT que prezava a suavidade.
Os pontos positivos
O lançamento tentava compensar essas falhas entregando um sistema de som de boa qualidade, com capacidade para seis discos e Bluetooth com comandos de voz.
Outro ponto positivo era o espaço para a cabeça de pessoas mais altas, por causa das linhas retas da carroceria.
Ao volante, o Compass entregava boas surpresas, especialmente no que se refere à suspensão.
Ela garantia uma condução muito parecida com a de um sedã médio, graças ao esquema McPherson na dianteira e multibraços na traseira.
Para quem queria ter um SUV ou crossover com legítimo DNA americano, o ideal era fazer vista grossa aos defeitos e levar o Compass 2012 para casa.
Jeep Compass 2012 – ficha técnica
Motor dianteiro, transversão, de quatro cilindros e 16 válvulas, com 1.998 cm3 de deslocamento, com taxa de compressão de 10,5:1.
Potência de 156 cavalos a 6.300 rotações e torque máximo de 19,4 kgfm a 5.100 rotações.
Câmbio automático CVT de seis marchas, com tração dianteira.
Freios a disco ventilados na dianteira e sólidos na traseira.
Pneus e rodas 215/60R17.
Dimensões: 4,48 metros de comprimento, 1,81 metro de largura, 1,66 metro de altura, 2,63 metros de entre-eixos
Tanque de 51 litros e peso de 1.424 kg.
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