A Volkswagen recriou uma cena de 2003, quando o então (e atual) presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, porém, no lugar do moderno Polo Cabrio criado na ocasião, o conversível da vez é o Virtus.
Ainda que não tenha sido feito pela Karmann-Ghia como nos anos 60 e 70, o “Virtus Cabriolet” criado pela engenharia da VW faz alusão direta não só ao Polo modificado de 2003, onde Lula e o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estavam em posições semelhantes.
Hoje, Lula e Alckmin estão no mesmo governo e o conversível é um sedã que substituiu o antigo Polo Sedan e que apareceu na linha de montagem, devidamente paramentado para a ocasião, que remete também ao passado longínquo.
O gesto de Lula, tanto em 2003 quanto em 2023, com representantes da VW nos bancos dianteiros e a guiar o carro, é um remete ao originalmente feito em 18 de novembro de 1959 pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
A bordo de um Fusca conversível, JK acenou para os trabalhadores da nova fábrica que se ergueu na antiga linha colonial Galvão Bueno, que margeava a represa Billings e ao lado da ainda nova rodovia Anchieta.
Com Wilhelm Shultz-Wenk ao volante e Heinz Nordhoff ao lado, respectivamente presidentes da VW do Brasil e da VW mundial, JK dava início à operação da fábrica que teria, em dado momento, a maior área coberta da América Latina. Itamar Franco fez o mesmo com um Fusca conversível em 1993, sendo posteriormente imortalizado no modelo renascido.
O evento do anúncio do novo investimento, que totaliza R$ 16 bilhões para fazer 16 novos carros até 2028, é um dos pontos históricos para os 70 anos da Volkswagen.
Desde 1953 produzindo no país, a montadora alemã já fez dezenas de milhões de carros aqui e agora tem o desafio de eletrificar-se num cenário onde sua histórica liderança já não existe há muito tempo.
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