Avaliação: Commander Flex é bom, apesar do consumo

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O Jeep Commander está fazendo sucesso no mercado nacional. Com quase 4 mil vendidos em 2021, quando surgiu em fins de agosto, ele vem ganhando espaço a cada dia.

Atualmente com seis meses de fila de espera, o Commander se apresenta aqui em sua versão de acesso, a Limited T270, que parte de R$ 212.990.

Bem equipada e sem opcionais, a Limited é um bom cartão de visitas para o SUV de sete lugares da Jeep, equipado com motor 1.3 Turbo de até 185 cavalos.

Com câmbio automático de seis marchas, o Commander Flex poderia ser mais eficiente, algo que torna a versão diesel, já avaliada pela NA, uma opção mais agradável, apesar do preço maior.

Tudo sobre o Jeep Commander 2024.

Por fora…

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O Commander Limited T270 tem um visual bem elaborado, destacando os faróis full LED escurecidos e os detalhes da grade prateados, que dão boa impressão de qualidade.

Detalhes cromados que envolvem os vidros e retrovisores, assim como o preto brilhante nas colunas e teto, tornam o Commander de entrada um carro mais apreciável.

Ele ainda chama atenção pelas janelas escurecidas nas laterais com detalhes em cinza, mas o emblema “Commander” com frisos em bronze, reforçam a proposta premium do carro.

As rodas de liga leve são de aro 18 polegadas e diamantadas parcialmente com preto brilhante. São bonitas, mas não se destacam tanto como as do Commander Overland.

Por dentro…

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O interior do Jeep Commander Limited não fica devendo em relação ao da versão Overland, tendo painel com revestimento em couro Suede marrom, que lhe confere um certo ar de luxo.

Além disso, apliques em bronze brilhante com revestimento cinza-brilhante e textura harmônica no conjunto, agradam.

Detalhes em preto brilhante e couro costurado com fios em bronze, se apresentam também. O novo volante da Jeep é bem completo e tem boa empunhadura.

Já o cluster digital só peca por reduzir o tamanho dos mostradores quando com o computador de bordo ativado, no mais, é bem completo e configurável.

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A multimídia Uconnect tem boa tela de 10,1 polegadas e muitas funcionalidades, como GPS, Android Auto, CarPlay e Alexa, com ativação de comandos do veículo por voz.

Também se destaca pelo acesso à internet 4G com Wi-Fi, além de serviços remotos e câmera de ré. Há também ajuste do ar-condicionado dual zone e câmera de ré. O som é razoável.

Os bancos são confortáveis e o do motorista tem ajustes elétricos em 8 posições. Atrás, a modularidade é ótima, com ajustes de distância e encosto na segunda fileira.

Ela dá acesso à terceira fileira, com encostos ajustáveis também. Para quem vai ali, não há saídas de ar como na segunda fileira, mas o ar-condicionado é forte o suficiente para chegar lá.

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O ajuste de ventilação atrás reforça a climatização quando o carro está cheio. No carro testado, a parte de trás do encosto do banco do passageiro estava descosturada.

Não percebemos na retirada, mas a concessionária ficou de arrumar. Isso não desmerece o carro, diga-se de passagem, visto que não sabemos a origem do problema.

No mais, a Limited poderia dispor de teto solar panorâmico, dado ser uma versão bastante completa. Como exemplo, tem até tampa de acionamento automático no bagageiro.

Este tem 223 litros com sete assentos ou 661 litros com cinco lugares postos. Em geral, o pacote Limited é bom, tendo muito mais itens, descritos a seguir.

Jeep Commander 2022: 4 versões e parte de R$ 199.990

Por ruas e estradas…

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O Jeep Commander T270 é equipado com motor GSE 1.3 Turbo de quatro cilindros, cujo volume é o mesmo do concorrente H5Ht (M282) da Renault.

Com turbocompressor e injeção direta de combustível, o GSE 1.3 Turbo tem uma boa calibração, que suspeitamos ser o máximo que a Stellantis conseguiu extrair dele.

O motivo é que motores pequenos geram altas temperaturas na combustão e o combustível é usado não só para queimar, mas também para reduzir a intensidade da queima.

Isso é que aumenta o consumo também, fazendo com que um motor que deveria ser econômico, acabe se tornando gastador, apesar de toda a tecnologia embarcada.

No caso do GSE 1.3 Turbo, ele se comporta com um consumo mais alto, especialmente no etanol, fazendo 6,7 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, com o carro vazio.

Já na gasolina, também fez menos que o Inmetro na cidade, com média de 9,5 km/l, mas na estrada rendeu 13,2 km/l, esperado em um carro desse porte e proposta. Lembrando que isso em uma cidade litorânea, totalmente plana, onde fazemos todos os nossos testes.

Com transmissão automática Aisin de seis marchas, o Jeep Commander Flex tem boas respostas ao acelerador, graças ao enchimento rápido da turbina e bom torque em baixa.

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São 180 cavalos na gasolina e 185 cavalos no etanol, ambos a 5.750 rpm. O torque, independente do combustível, é de 27,5 kgfm a partir de 1.750 rpm.

Essa é a mesma rotação do Commander Diesel, embora com um pouco de torque a menos. Tendo tração dianteira, ele dispensa o pesado sistema de tração permanente.

Nisso, o Commander tem ótima saída, indo de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos. Com a força do GSE 1.3 Turbo, o SUV da Jeep fica mais ágil, atingindo rapidamente os 6.000 rpm nas saídas.

No modo Sport, ele realmente fica muito mais esperto, ganhando pontos em performance. Usando os paddle shifts, o Commander também agrada ao acelerar.

Fazendo ultrapassagens, ele sobe de giro fácil e cumpre a missão sem reclamar. Contudo, em subidas longas, o motor tende a ficar bem cheio, dado haver somente seis marchas.

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Uma característica que notamos ao andar no Flex, já vista no Diesel, é que nas acelerações, há uma vibração nas rodas dianteiras. Em algumas marcas, donos alegam ser das homocinéticas.

Nos dois exemplares testados, ambos com quilometragem baixa, essa sensação foi nítida. O leitor que já tiver o carro em sua garagem, se desejar, pode comentar sobre isso.

Ainda assim, a condução do Commander é prazerosa, não só pelo bom desempenho do motor, mas também pelo comportamento dinâmico.

Com suspensão bem ajustada ao Brasil, o SUV da Jeep comprova que o desenvolvimento foi completo por aqui. Ela absorve bem as irregularidades e o acabamento é justo, não vibrando.

Nas curvas, nota-se uma leve tendência a inclinar-se, mas é devido ao ajuste para mais maciez e conforto, que para firmeza e desempenho.

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O conjunto de rodas aro 18 com pneus 235 de série 55, ajuda muito também. Os freios igualmente estão bem calibrados, assim como a direção elétrica, leve e precisa.

Com bom conteúdo, traz controle de cruzeiro adaptativo, alerta de faixa com correção e alerta de tráfego traseiro, entre outros, que ajudam a evitar acidentes e dão mais segurança.

Um recurso interessante é o bloqueio da saída do carro com alguma porta aberta. Contudo, as portas do Commander necessitam ser literalmente batidas para fechar corretamente.

No mais, o carro agradou muito nesta avaliação e não dá para desejar mais em motorização de ciclo Otto, exceto por uma opção híbrida 4Xe, que não tardará a chegar.

Por você…

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O Commander Limited Flex é uma versão de entrada, mas (bem) longe de ser básica. Além disso, não tem nenhum opcional, sejam itens internos ou mesmo cor. Você escolhe, você leva.

Isso é raro em carros de marcas tradicionais e na própria Jeep, você cai da cadeira se configurar Renegade e Compass. Isso já é uma vantagem boa na hora de comprar.

Num pacote bem generoso, incluindo Start&Stop, estacionamento automático, carregador wireless, entre outros, faltou mesmo um teto solar panorâmico para fechar a conta.

No mercado, o Mitsubishi Outlander 2.0 (R$ 223.990) é mais caro e incompleto. Já o Caoa Chery Tiggo 8 (R$ 199.990) até se aproxima, contudo, sem o mesmo padrão do Jeep Commander.

Assim, com uma opção de entrada bem generosa, o Jeep Commander Limited T270 se torna realmente uma opção atraente nesse segmento com 7 lugares. Vale a pena? Sim, certamente.

Medidas e números…

Ficha Técnica do Jeep Commander Limited T270 2022

Motor/Transmissão

Número de cilindros – 4 em linha, turbo

Cilindrada – 1.332 cm³

Potência – 180/185 cv a 5.750 rpm (gasolina/etanol)

Torque – 27,5 kgfm a 1.750 rpm (gasolina/etanol)

Transmissão – Automática de 6 marchas com mudanças na alavanca e paddle shifts

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h – 9,9 segundos

Velocidade máxima – 202 km/h

Rotação a 110 km/h – 2.200 rpm

Consumo urbano – 6,7/9,9 km/litro (etanol/gasolina)

Consumo rodoviário – 9,5/13,2 km/litro (etanol/gasolina)

Suspensão/Direção

Dianteira – McPherson/Traseira – Multilink

Elétrica

Freios

Discos dianteiros e traseiros com ABS e EDB

Rodas/Pneus

Liga leve aro 18 com pneus 235/55 R18

Dimensões/Pesos/Capacidades

Comprimento – 4.769 mm

Largura – 1.859 mm (sem retrovisores)

Altura – 1.682 mm

Entre-eixos – 2.794 mm

Peso em ordem de marcha – 1.685 kg

Tanque – 61 litros

Porta-malas – 233 litros (7L) 661 (5L)

Preço: R$ 212.990

Jeep Commander Limited T270 Flex 2022 – Galeria de fotos

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X