Carro da semana, opinião de dono: Chevrolet Prisma LT 1.0

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Meu nome é Ivan Grego Lemos, tenho 21 anos, sou leitor constante do NA e vi a oportunidade de apresentar a avaliação do meu veículo Prisma, para que os leitores possam ver os prós e os contras do veículo, com o intuito de quem sabe tirar a dúvida da cabeça de alguns que pensam em adquiri-lo.

Adquiri o Prisma no mês de abril em troca de um Corsa 1.4, pensando em um veículo com um porta-malas espaçoso, já que tenho aparelhagem de som e gosto de viajar, e mais seguro com airbag e ABS.

Pesquisei muito antes de comprar, considerando novo Palio, Onix, HB20, Siena, Classic e Etios Sedã.

Nenhum deles me agradou tanto quanto o Prisma, o Onix me agradou também, mas o porta-malas é pequeno, seria como se trocasse “6 por meia dúzia”.

Meu Prisma é o modelo 1.0 LT com pacote R8H, adicionei o som ao meu gosto, recentemente adquiri o kit de faróis de neblina original e as calhas de chuva.

Abaixo vocês poderão ver a minha opinião sobre todos os pontos positivos e negativos do veículo e quais são minhas impressões ao dirigi-lo.

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Impressões ao dirigir

A GM, depois de muito tempo, resolveu renovar a gama de seus produtos para tentar melhorar sua imagem diante do mercado automotivo e dos consumidores, que estava desgastada.

Diante de toda essa renovação, a que surpreendeu a muitos e a mim, foi o Prisma, que antes de sua divulgação oficial, era chamado por muitos de Onix Sedã, para substituir o Corsa Sedã e não o velho Prisma irmão do Celta.

A minha impressão do veículo é muito boa, me surpreendeu positivamente, apesar de ter trocado um carro com motor 1.4 por um com motor 1.0, querendo ou não, há diferenças e algumas dificuldades do motor 1.0.

Mas a GM sabe muito bem escalonar as marchas para que se aproveite bem a potência e torque, com o Prisma não foi diferente, apesar de às vezes “arranhar” para engatar a ré, a troca de marchas é suave e precisa.

O motor é valente quando está acima das 2.000 rpm, é bom para a cidade e até para viagens, é um carro que até as 4.000 rpm não apresenta grande ruído, o que mostra o bom isolamento acústico do veículo.

Apesar de estar satisfeito com seu desempenho, ainda é um veículo 1.0 que possui limitações, como em subidas ou retomadas, é necessário a redução de marchas ou mesmo desligar o ar-condicionado para que ele retome o “fôlego” e transponha a dificuldade.

É um veículo acertado dinamicamente, não senti perda de estabilidade em situações diversas e nem aquaplanar com chuva extrema, mesmo com a suspensão acertada mais para o conforto e os pneus com perfil um tanto alto.

Os bancos acomodam bem o corpo, diferente do Corsa que eram lisos e quando se fazia uma curva com certa velocidade você “escorregava” no banco. Os freios são bem ajustados e quando exigidos, com ajuda do ABS, param o veículo sem esforço algum.

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Como qualquer outro veículo, ele possui seus defeitos, como encaixe das peças do painel, plástico rígido por todo o veículo, possui poucos itens de série em um carro da faixa de preço e um motor antigo com atualizações apenas.

Gosto muito do painel analógico digital, apesar de muitas pessoas não gostarem, é de fácil leitura e compreensão com uma ótima luminosidade, no mais, poderia ser de série o computador de bordo em qualquer versão.

O veículo possui uma direção precisa e macia para manobras, para a estrada tem um acerto para que não tenha sensação de insegurança. Além disso, a visibilidade é muito boa por conta dos grandes retrovisores e o conjunto óptico ilumina muito bem.

Isso é bom, tendo em vista que preciso muito que eles sejam eficientes porque utilizo constantemente a Rodovia Imigrantes no período noturno (como todos sabem não é muito iluminada no planalto), o limpador de para-brisa é ótimo, porém poderia contar com o sensor de chuva.

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Ponto a ponto

Desempenho – No geral, o motor e câmbio do Prisma 1.0 é um conjunto muito acertado, não sofre tanto quanto outros 1.0 mesmo com o ar-condicionado devido ao bom escalonamento das marchas.

O motor trabalha muito bem quando está acima das 2.000 rpm, vale ressaltar que continua sendo um motor 1.0, por este motivo em algumas subidas, retomadas e ultrapassagens se faz necessário reduzir uma marcha ou mesmo desligar o ar-condicionado.

Estabilidade – O Prisma me surpreendeu positivamente neste quesito, é um carro estável, claro que não se deve entrar nas curvas muito forte ou exigir muito do conjunto, porém é um carro dinamicamente estável e que passa sensação de segurança ao condutor em todos os momentos.

Interatividade e Habitabilidade – Possui muitas facilidades, porta-objetos espalhados pelo veículo inteiro, apesar do porta-luvas ser pequeno. Os comandos sempre estão à mão, sem precisar ficar desviando o olhar para mexer no ar-condicionado.

A direção é precisa e leve no momento das manobras, que são facilitadas pelo sensor de estacionamento de série, algo que faz falta é um botão para abrir o porta-malas dentro do veículo sem precisar da chave ou utilizar o botão da chave canivete.

Consumo – O Inmetro não fez o teste de consumo do Prisma, porém meu veículo está com quase 5.000 km rodados e obtive médias consideráveis para o meu trajeto. Utilizo parte estrada (16 km) e parte cidade (18 km). totalizando uma média diária de 34 km, abastecendo com gasolina obtive 12,1 km/litro e com etanol 10,4 km/litro, sempre com ar-condicionado ligado.

Conforto – O Prisma possui um bom espaço interno para a categoria, na minha opinião é acima da concorrência, ocupa muito bem os passageiros dos bancos dianteiros e não tirando o conforto dos passageiros dos bancos traseiros.

Quatro adultos e uma criança viajam sem apertos e com conforto, os bancos são confortáveis e acomodam muito bem os passageiros. O ponto forte do prisma é o porta-malas, com 500 litros, é acima da concorrência e até de alguns sedãs médios, como por exemplo Civic (449 litros) e Corolla (470 litros).

Outro ponto forte é a posição de dirigir, que presa o conforto que todos gostam em um sedã. A suspensão absorve bem as irregularidades do piso com ajuda dos pneus com perfil alto, dando conforto aos ocupantes sem tirar a estabilidade.

Tecnologia – O Prisma não é bom nesse quesito, poderia ter ganhado um motor mais moderno, com 16V e bloco de alumínio, apesar de ter ganho uma pequena atualização, ainda é o velho conhecido da família Corsa, Celta e Classic.

Poderia ter mais itens de série, como vidros elétricos traseiros e retrovisores elétricos, mesmo assim já conta de serie com airbag duplo e freios ABS.

Acabamento – O interior do Prisma é bonito e com cores mais conservadoras que o seu irmão Onix, que possui um apelo mais esportivo, porém compartilha os plásticos rígidos e acabamento razoável para o valor do veículo.

Poderia ter encaixes mais precisos e revestimento no painel melhor do que apenas plástico, o único revestimento de tecido que se vê é no apoia braço das portas dianteiras e ainda sim são duros, sem espuma alguma para deixar mais confortável.

Design – O exterior do Prisma é bem acertado, é um carro bonito e com um design “esportivo”, na minha opinião o design do Prisma é mais harmonioso do que o do Chevrolet Onix.

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Conclusão

Em minha opinião, é um veículo muito confortável e não faz feio frente ao Voyage, HB20S e outros concorrentes diretos da mesma categoria.

Tem sim suas limitações por se tratar de um veículo 1.0 com ar-condicionado, mas é muito agradável de guiar, possui muitos porta-objetos, o espaçoso porta-malas, que se torna o verdadeiro destaque, e o bom espaço interno para os ocupantes.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.