Chevrolet Tracker LT 2024: Modelo simples para o cliente conservador

A Tracker é a principal SUV da montadora norte-americana, caiu no gosto do público e vende melhor que quase todos seus rivais.

Traz conforto, segurança e tecnologia, aliados ao renome da montadora.

Recentemente falamos sobre versões do Creta (Comfort Plus) e T-Cross (Comfortline), seus dois principais rivais, agora chegou a vez dela, a Tracker versão LT.

Fique ligado no nosso texto de hoje, trouxemos todos os detalhes dela.

A versão LT é a versão logo acima da Tracker de entrada, que é voltada para vendas PCD, ela parte de R$ 138.040,00, enquanto a de entrada parte de R$ 119.900.

Ela vem equipada com freios a disco na dianteira, enquanto na traseira os freios são a tambor, a suspensão traseira é do tipo semi-independente, as rodas são de aço e tem aro 17”, as medidas dos pneus são 215/55 R17, tem 6 Airbags (duplo frontal, duplo lateral e duplo de cortina), Controle de estabilidade e tração, projetor nos faróis, DRL, luz de posição em LED, EBS com EBD, ar-condicionado, câmera de ré, direção elétrica, partida sem chave, painel de instrumentos digital, multimídia MyLink de 8” e mais.

Motor 1.0 turbo é suficiente, sem esportividade

A começar pelo motor, a Chevrolet entrega um produto justo para o cliente, ele é um 1.0 turbo de três cilindros e 12 válvulas.

A potência é de 116cv e o torque de 16,3 kgfm, aliado ao câmbio automático de 6 velocidades, o 0 a 100 km/h é feito em 10,9 s e a velocidade máxima é de 177 km/h.

O consumo na gasolina fica na faixa de 11,7 km/l na cidade e de 13,7 km/l na rodovia.

A suspensão traseira do tipo semi-independente garante uma estabilidade boa, considerando o segmento do carro, é claro, não espere fazer curvas como em um esportivo.

Assim como a T-Cross com motor 1.0 turbo, fica a sensação que o carro casa melhor com o motor mais potente, no caso o 1.2 turbo de 134 cv, disponível nas versões de topo da Tracker.

O consumo da versão mais potente é ligeiramente maior, entretanto o desempenho muda mais, com o 0 a 100 km/h em 9,4s.

Infelizmente a versão RS custa mais de R$ 20.000,00 a mais que a LT, então se procura desempenho melhor, prepare o bolso.

Design sóbrio agrada pelo perfil conservador

A Chevrolet não costuma ousar no desenho de seus carros, consegue trazer sobriedade e um ar robusto para seus modelos, sem perder a esportividade.

Com a Tracker isso se mostra ainda mais verdadeiro, a começar pela dianteira, sua grade com cortes retos, nada de colmeia, passam essa impressão de sobriedade.

O uso de filete cromado logo acima da grade faz parte do “pacote sobriedade” do modelo.

A cor azul metálica não tem custo adicional, já a Branco Summit custa R$ 900,00, Verde Safari, Prata Shark, Cinza Rush, Preto Ouro Negro, Vermelho Chili custam R$ 1,750,00.

No para-choque, entretanto, o ressalto na posição do farol de neblina traz a esportividade.

Os faróis são finos e compridos, tem a identidade visual da marca e não tem nenhum grande destaque, o que sinceramente considero um mérito.

Nos últimos anos os carros que tem faróis ou lanternas com design marcante não se deram muito bem (lembra do Agile?).

A parte inferior do para-choque é preta, outra tendência no segmento, e se arrasta por todo o contorno do carro, chegando até o para-choque traseiro.

Na lateral nada de muito chamativo, os retrovisores e as maçanetas são pintados na cor do veículo.

As rodas de aço têm as calotas que enganam bem, porém pelo preço, o carro merecia umas rodas de liga leve de série, né Chevrolet?

Na traseira nada de muito chamativo também, as lanternas tem o mesmo estilo dos faróis, sendo maiores no comprimento que na altura.

O aerofólio é proeminente e é o responsável por trazer a esportividade para a parte de trás do carro.

Os sensores de estacionamento traseiros são discretos, sendo que é são um item de série nessa versão, na de entrada não estão disponíveis.

Interior segue a mesma receita

Os bancos de tecido, com abas um pouco proeminentes são suficientes para trazer conforto, aliados ao apoio de braço central.

O banco do motorista tem ajuste de altura e o volante tem ajuste de altura e profundidade, ele é multifuncional, sendo possível controlar a multimídia e o piloto automático.

O painel de instrumentos possui mostradores analógicos, com uma tela de 3,5” no centro, responsável por trazer informações do veículo.

A multimídia é bem posicionada e harmoniza bem com o design do painel, apesar de ser um pouco chamativa.

Ela traz conectividade com Apple CarPlay e Android Auto, mas poderia ter um visual mais moderno.

Embaixo dela ficam os difusores de ar, envoltos por um aro prateado, assim como os difusores laterais.

Os comandos de acionamento do ar são analógicos, ao invés dos digitais que vem se tornando tendencia.

O painel é texturizado, que traz um ar de requinte, melhor que o da T-Cross por exemplo, mas ainda perde para o Creta.

Os bancos traseiros são bipartidos, e o porta-malas tem capacidade de 357 L, com os bancos rebatidos a capacidade pula para 1.294 L.

Contra os rivais, sua arma é o conservadorismo

Em 2024 a Tracker foi o oitavo carro mais vendido do Brasil, isso mostra que o perfil do mercado brasileiro é muito variado.

Lendo esse texto você pode ter pensado que repetimos muito a palavra sobriedade e conservador, porém essas palavras não são uma crítica, afinal boa parcela dos compradores gosta disso.

Nem todo mundo quer aquele carro chamativo, que parece vindo do futuro, historicamente o mercado brasileiro rechaça carros muito “diferentões”, e a Chevrolet sabe muito bem disso.

Dentre as SUVs, a Tracker só perdeu para o T-Cross em quantidade de emplacamentos, outro modelo que não ousa muito no quesito design, mas tem um desempenho melhor.

O Creta fica logo atrás, na terceira posição, ele já tem um Design arrojado, e ganha em sofisticação no interior.

Ou seja, no pódio das SUVs temos um carro com bom desempenho, outro com design sóbrio e o último com sofisticação acima da média, um para cada público.