Se você nunca dirigiu um carro com câmbio automático, agora você vai saber tudo sobre como fazer isso.
Antes de falar sobre como se deve dirigir o carro automático, vamos ver o que significam aquelas letras escritas perto da alavanca.
Confira:
Letras do câmbio automático, o que significam?
Basicamente, um câmbio automático vem com as letras P (Parking), R (Ré), N (Neutro) e D (Drive). Dependendo do tipo de câmbio e fabricante do veículo, podem ser adicionadas S (Sport) e L (Low).
O seletor pode ter também os números 1, 2 e 3.
Explicado seu significado, o P significa “parking”, ou seja, o estacionamento permanente do veículo, servindo como um bloqueio da caixa de transmissão, vital para se evitar acidentes.
Não é um freio de mão nem um sistema que bloqueia o carro, e sim apenas um bloqueio do câmbio.
Geralmente o carro só pode ser ligado ou desligado (com a retirada da chave) com a alavanca nesta posição. Ele é usado em conjunto com o freio de estacionamento.
O R significa “reverse” ou ré, sem mistério.
O D é o Drive, que significa que o carro está pronto para andar. É neste que o carro permanece a maior parte do tempo de condução, pois nele as marchas são trocadas em todos os regimes de trabalho do motor.
No S, ou Sport, as marchas são mais exploradas para se obter giros mais elevados e mais potência, sendo usado em uma condução mais esportiva.
Em L (Low), geralmente em câmbio CVT, permite-se que as relações sejam encurtadas ainda mais, para que o motor possa trabalhar em um regime mais elevado para vencer aclives acentuados ou declives muito íngremes.
E os números? Aplicados em câmbios automáticos tradicionais, os números são limites de marcha onde a caixa irá trabalhar.
Até 1, será a primeira, praticamente a mesma função do L. Nas posições 2 e 3, o câmbio ficará limitado até estas marchas. Seu uso também é próprio para certas ocasiões, onde é necessário mais força do propulsor.
Como dirigir carro automático?
Algo básico para quem não tem costume ou prática em dirigir, mas que para motoristas que sempre dirigem carros manuais é um sacrifício momentâneo, é esquecer o pé esquerdo.
Ele não trabalha em um carro automático, onde apenas o direito cumpre as missões de acelerar e frear o veículo. A dica é importante para evitar sustos e até acidentes.
Depois de ligar o carro automático, mantenha o pé no freio e mude para a posição desejada na alavanca do câmbio.
Para a frente, D. Para dar ré, R.
O N é o neutro e mantém o carro parado e desengatado, é como o ponto morto do câmbio manual.
Uma vez na posição desejada, que ainda pode ser as demais já citadas, alivia-se o pé do freio para o veículo começar a andar.
E o acelerador? Num carro automático, outra característica é a aceleração imediata. Pouca, mas constante.
Por isso, basta tirar o pé do freio para o veículo começar a andar suavemente. O recurso é bom em manobras e no anda-e-para do trânsito.
Mas alguns automáticos modernos possuem a função Auto Hold ou Brake Hold, que trava os freios com o carro engatado e parado.
Basta acionar para que o veículo não se mova nessa situação, evitando assim colocar o câmbio em N para se aliviar o pé do freio.
Depois de liberar o freio, vá acelerando da forma que achar melhor, com o câmbio em D ou S sem restrições.
Se afundar o pé de forma imediata, o câmbio entende que se quer mais potência do motor para uma saída rápida ou para uma ultrapassagem, por exemplo.
Se o pedal for pressionado normalmente, o câmbio vai trocar as marchas de forma mais suave e confortável para o condutor, de maneira até mais econômica.
Para este último, ainda vale manter o pedal levemente pressionado em alguns regimes de trabalho, fazendo com que o câmbio automático mantenha marchas mais altas para reduzir o giro do propulsor e o consumo.
Em velocidade, se o condutor pretende pegar uma subida longa e não deseja mudar manualmente, pode fazer o kick down, que mantém o câmbio em marcha curta para que o giro elevado e a força do motor ajudem o veículo a vencer qualquer subida.
Em desacelerações, ele reduz automaticamente as marchas e se o freio for usado com mais força ou a inclinação for acentuada demais, pode-se reduzir até duas ou mais marchas. Tudo é indicado no painel do veículo.
O que é e quais são os tipos de câmbio automático?
O câmbio automático, como o nome diz, se tornou cada vez mais comum (até mesmo em modelos populares) e realiza as trocas de marcha de forma independente do condutor, fazendo o mesmo com o acionamento da embreagem.
Existem alguns tipos de transmissão, sendo a mais comum a chamada “automática” ou “hidramática”, onde o fluído hidráulico sob pressão muda as engrenagens e permite as trocas sem auxílio do condutor, assim como também utilizam conversor de torque no lugar da embreagem tradicional.
Outro tipo é o câmbio CVT, que possui um conjunto de polias e correias de aço com relação infinita, pois a variação não tem um limite entre as duas. Isso possibilita eliminar marchas e tornar a condução mais confortável, suave e econômica, mas com performance inferior ao automático.
Por fim, existe o câmbio automatizado de dupla embreagem, que em realidade é um câmbio mecânico com dois eixos de engrenagem que precisam da eletrônica para modular duas embreagens (uma dentro da outra).
Isso evita a perda de força nas trocas e proporciona melhor performance e rapidez em relação às demais.
O automatizado comum (Dualogic, GSR, I-Motion e Easy’R) é apenas um sistema de braços eletromecânicos que atuam numa caixa de marchas manual, como qualquer outra.
Atenção em manobras nos carros automatizados simples
Aqui estamos falando dos carros mais baratos, com aqueles câmbios chamados de Easy’R, Dualogic, I-Motion ou GSR.
Em carros automatizados, que dependendo da marca usam botões no lugar de alavanca, o uso do pedal do acelerador requer mais atenção.
O motivo é o acionamento automático da embreagem, que é mecânica e igual a dos carros manuais.
Como se trata apenas de um disco, o dispositivo eletromecânico corta muito o contato entre motor e câmbio, o que faz o veículo perder aceleração e causa uma impressão ruim de falta de força.
Para se evitar isso, é necessário aprender o tempo certo das trocas, a fim de aliviar o pé do acelerador quase no mesmo tempo da troca, como num manual.
O efeito em muitos casos é bem parecido. Na ré, cuidado com o freio, pois é necessário acelerar o carro e não há como usar a embreagem para controlar o movimento do veículo.
Num automatizado tradicional, o carro não fica acelerado, pois o sistema desengata o carro, porém, sistemas mais atuais criam o mesmo efeito do câmbio automático, acelerando levemente o veículo.
Essa função é uma vantagem não descrita acima e que agora podemos falar. Em planos inclinados, não acentuados, o câmbio automático em D, S ou outra posição, mantém o veículo parado.
O motivo é que ele mantém uma aceleração leve, conforme já mencionada. Nessa situação, a força aplicada é equilibrada com o aclive, fazendo assim com que o carro fique parado, embora na verdade ele esteja acelerado suavemente.
Isso é bom para evitar que o carro desça e ainda facilita as saídas. Se o plano for muito íngreme, será necessário manter o pé no freio e acelerar rapidamente.
Carros com Hill Holder, ou assistente de partida em rampa, ajudam a manter os freios acionados por três segundos nessa situação. Para desligar o carro, basta colocar o câmbio em P e depois retirar a chave, se houver.
Conclusão
No geral, a condução de um carro automático é fácil, até mais do que num carro manual, embora muitos discordem disso. No automatizado, apenas o uso em planos inclinados, em especial durante manobras, requer atenção.
A proposta geral é o conforto e isso significa evitar fazer algumas coisas de forma manual, deixando que a máquina assuma a tarefa.
O uso de câmbio automático aumentou muito nos últimos anos, tanto que tramita um projeto de lei que cria uma categoria de habilitação exclusiva para carros automáticos.
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