A Ford lançou no mercado brasileiro, em 1982, uma nova picape compacta, a Ford Pampa.
A ideia da empresa era ter uma integrante no segmento recém criado pela Fiat, com a Pickup 147, que em 1982 já era chamada de Fiorino.
A Pampa tinha proposta de roubar compradores de um segmento muito promissor, afinal, o mercado de carros pequenos era o maior do país naquela época.
A Ford Pampa foi avaliada pela imprensa como um carro muito bem desenvolvido, para suas pretensões.
Alterações mecânicas deixavam a Pampa muito bem feita
Além de ter linhas externas de bom gosto, vindas do Corcel II, a Ford também tinha realizado uma série de alterações mecânicas na Pampa, deixando ela aprovada para uma série de usos bem diferentes dos que eram aplicados ao Corcel, e ao seu primo rico, o Del Rey.
A filosofia de construção da picape por parte da marca americana foi de considerar a Pampa verdadeiramente como uma pickup.
O monobloco recebeu o desenvolvimento de uma espécie de subchassi mais reforçado, para suportar torções em estradas ruins, com a caçamba cheia.
Esse aparato permitiu o uso de um novo sistema de suspensão traseira, mais adequada ao trabalho pesado.
O seu eixo traseiro, recuado em 2,5 centímetros, era reforçado, com chapa dobrada. Uma grande novidade também era o uso de molas semielípticas, colocadas no sentido longitudinal, como era feito em veículos de carga mais pesados.
Os amortecedores e molas da suspensão dianteira ficaram mais firmes, para evitar que o veículo tivesse uma frente boba que não casasse muito bem com a traseira forte.
O restante da mecânica permaneceu intocado, com a exceção do câmbio, que recebeu uma embreagem mais reforçada, com disco de 200 milímetros.
A primeira marcha também ganhou uma relação mais reduzida, ao invés de simplesmente colocar uma relação coroa/pinhão mais curta, pois isso sacrificaria o rendimento de combustível a favor de um uso esporádico em condições mais difíceis.
O motor 1.6 tinha como opcional um filtro de ar para serviço pesado. E o tanque de combustível era maior, de 76 litros, que ficava deitado entre as longarinas.
Versões e equipamentos opcionais
Para o consumidor, era válido o esforço da Ford em lançar uma nova picape com as bonitas linhas da gama Corcel.
E ainda por cima a Ford Pampa podia receber vários opcionais, como bancos com encostos de cabeça, ar-condicionado, e seis ganchos na caçamba, este último, opcional na versão básica e de série na versão Luxo.
O espaço da caçamba era muito elogiado, tendo 1,42 por 1,64 metro, espaço obtido graças à remoção dos castelos dos amortecedores. O peso máximo que podia ser levado ali era de 600 quilos.
Público-alvo e mercado
O público-alvo da Ford para os compradores da Pampa era empresários de transporte leve, fazendeiros e empresas de entregas, no caso da versão básica.
E pessoas comuns que usariam a Pampa como um veículo para diversão (transporte de motocicletas, etc.), no caso da versão Luxo, que sabemos ser a Pampa L.
O espaço na traseira era suficiente para levar uma Honda 400, por exemplo.
A Ford chegou a informar a imprensa alguns meses antes do lançamento, que a Pampa teria motor 2.3 e tração nas quatro rodas, coisa que nunca aconteceu no caso do motor maior, e levou algum tempo para acontecer no caso da tração 4×4.
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