Um motor precisa transmitir seu movimento até as rodas, a fim de que o veículo possa de fato andar.
Dentro do propulsor, um item é de grande importância para que essa força seja efetivamente aproveitada na condução do carro. Um conjunto de manivelas é fixado na base do bloco e responsável por essa transferência de energia. Então, o que é virabrequim?
Virabrequim é o nome popular dessa peça citada acima, mas que também é conhecida por outras duas designações. Uma é também popular: “girabrequim”. A outra é mais técnica e correta: “árvore de manivelas”. Mas como ele é?
Num motor de ciclo Otto (gasolina, GNV, álcool, etc) ou Diesel (óleo combustível), o propulsor possui um virabrequim. Aliás, mesmo nos motores de ciclos alternativos, como Miller ou Atkinson, por exemplo, ele também está lá.
Sua função é receber a força produzida pela energia gerada na explosão da mistura ar-combustível nas câmaras de combustão, que ficam entre a parte superior do bloco e a parte inferior do cabeçote. Essa detonação gera uma enorme quantidade de energia, que empurra os pistões para baixo.
Para que o pistão possa enviar essa energia, agora em forma de movimento, ele precisa de um braço que vá até esse eixo chamado virabrequim. Esta peça é chamada de biela e com o eixo inferior, forma um conjunto de manivelas que gira a árvore na base do bloco, transmitindo assim a força da descida do pistão após a explosão.
O que é virabrequim?
O virabrequim é esse eixo na base do bloco, sendo preso por mancais lubrificados e revestidos por casquilhos ou bronzinas, que são peças de desgaste que permitem ao eixo estar sempre com o movimento livre, evitando assim um atrito direto com as partes do bloco, o que impediria o movimento, travando o motor.
Estas bronzinas são bem duráveis, mas em caso de falta de lubrificação, são as primeiras afetadas, travando o motor. Sua substituição é obrigatória em caso de retífica do motor. O virabrequim também é ligado aos pistões pelas bielas, que ficam presas às manivelas desse eixo e também protegidas por casquilhos devidamente lubrificados.
O movimento dos pistões gera outro, que agora é circular, sendo este enviado pelo virabrequim direto para o volante de inércia do motor e deste, através da embreagem ou conversor de torque, à transmissão. A partir daí, essa energia segue para as rodas através de eixo cardã ou semi-eixos.
O virabrequim é um item muito importante, sendo geralmente feito de aço fundido, mas em caso de motores de alta performance e competição, ele é feito com aço forjado, o que amplia sua resistência às cargas produzidas pelos pistões e enviadas pelas bielas. Assim como seu alojamento no bloco, o eixo de manivelas também pode ser retificado.
Para cada manivela, existe um conjunto com dois contrapesos no outro lado do eixo, a fim de que o movimento giratório seja bem balanceado, evitando assim vibrações excessivas e quebra do próprio eixo.
Outras funções do virabrequim
Mas, o movimento do virabrequim tem outros usos no motor. Na frente do motor, a outra ponta do eixo de manivelas conecta uma polia ou engrenagem para acionamento direto do comando de válvulas, respectivamente por correia dentada (com ou sem lubrificação) ou corrente (lubrificada).
Em motores mais antigos ou de grande porte, existe o uso de varetas para acionamento das válvulas através de um comando inferior, preso no bloco e acionado pelo virabrequim. Esse eixo pode também acionar dispositivos como bomba de óleo, bomba d´água, entre outros. Tudo depende do projeto do motor.
Mas, com uma segunda polia, a chamada Poly-V, o virabrequim aciona quase todos os dispositivos agregados ao motor e que dependem de movimento, como direção hidráulica, ar-condicionado e alternador, por exemplo.
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