Programa Mobilidade Verde terá R$ 7 bilhões em incentivos, mas está preso na Fazenda

fiat argo 2024 milazzo santos (1)
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O programa Mobilidade Verde, conhecido agora como Mover, prevê uma renúncia fiscal de RF$ 7 bilhões para o governo federal num período de quatro anos, prevendo assim incentivos fiscais que façam o mercado automotivo nacional evoluir.

O Mover será o substituto do Rota 2030, porém, o montante de incentivo a ser dado para o mercado está sendo considerado alto pelo Ministério da Fazenda.

Para a pasta da economia, o problema é que a pauta no momento é buscar meios para aumentar a arrecadação de modo a cumprir as metas fiscais dos próximos anos.

Por conta disso, o Ministério da Fazenda está prendendo o projeto do Mover, que ajudará a fomentar novas tecnologias e também a criar um ambiente mais competitivo no mercado, em especial com foco na eletrificação.

Ao site Automotive Business, uma fonte próxima ao assunto comentou: “O programa está parado na Receita Federal. O que eles estão achando é que o Mover está concedendo benefícios fiscais semelhantes ao que aconteceu no Inovar Auto”.

A fonte continuou: “No Rota 2030 ocorreu uma redução. Somente em incentivos à eficiência energética, que era de 2 pontos percentuais do IPI [Imposto sobre Produto Industrializado], deve passar para 5 pontos”.

Entre governo e montadoras, existe certa tensão sobre o assunto, haja visto que o programa Mover se arrastou ao longo de 2023 sem uma data para ser implementado e a Anfavea está cobrando Brasília por um início do plano.

O presidente da entidade, Marcio de Lima Leite, disse: “Não dá mais para esperar, tem que ser em dezembro. As montadoras precisam de previsibilidade para realizar investimentos no país”.

Do outro lado, o governo quer fechar 2024 com déficit zero diante do atual rombo de R$ 150 bilhões nas contas públicas, sendo que a Fazenda quer aumentar a arrecadação para pelo menos gerar R$ 50 bilhões em arrecadação.

Só as apostas esportivas, agora taxadas, vão garantir R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos no próximo ano. Por conta disso, uma perda de R$ 7 bilhões é considerada elevada pela pasta do governo. É provável que a decisão ocorra até a próxima semana.

[Fonte: AB]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X