Renault: Horse ganha importância com a continuação da combustão na França

A Renault apostou muito nos carros elétricos e até criou duas empresas para separar as coisas, sendo a Ampere apenas para carros com bateria na Europa e a Horse, para combustão e híbridos em países emergentes.

Obviamente a combustão iria acabar antes de 2030 na Europa e a Renault seria puramente energizada por lá, mas a marca descobriu que não conseguirá sobreviver apenas com carros elétricos e disse que os motores a combustão e híbridos seguirão no continente além de 2030.

Luca de Meo, CEO da Renault, com uma nova previsão na mão, acredita que o mercado europeu ainda terá 40% de carros a combustão ou híbridos circulando em 2040.

Acredita-se que até os motores diesel conseguirão passar de 2030 nessa nova abordagem, que pode ser seguida por outros fabricantes europeus na medida em que o Euro 7 enfraqueceu em comparação com o texto originalmente aprovado.

A busca em combustíveis sintéticos e formas alternativas de combustão, como a do hidrogênio, garantiriam a sobrevida dos motores a combustão e de toda a indústria de autopeças.

Mesmo com o sucesso repentino do Renault 5 E-Tech, que recebeu 50.000 reservas antes da pré-venda, que começa em maio, a marca francesa ainda não se sente segura de uma abordagem diretamente elétrica a médio prazo.

Então, enquanto a Ampere sobre seu primeiro revés, a Horse parece o caminho a ser seguido, com a joint-venture de 50:50 com a Geely já dando seus primeiros frutos, a começar aqui pelo Kardian.

Com o foco na hibridização flex, a Renault fora da Europa já tem planos consistentes para seguir um caminho alternativo com as tecnologias hoje existentes, gerando uma gama de oito modelos globais, que incluem a picape derivada do conceito Niagara, por exemplo.

Dessa forma, a Renault na França deve extrair experiências da Horse para levar um pouco das tecnologias até os europeus. Aqui, além do crossover compacto híbrido, teremos outros produtos com este tipo de motorização, mesclados com elétricos puros.