A Volkswagen fez um novo evento envolvendo o T-Cross, novo SUV compacto da marca alemã, que chegou ao mercado em abril de 2019.
Ele custava no lançamento R$ 84.990 na versão 200 TSI, R$ 94.490 na 200 TSI AT, R$ 99.990 na 200 TSI Comfortline AT e R$ 109.990 na opção topo de linha, a Highline 250 TSI, que tem motor 1.4 TSI de 150 cavalos e 25,5 kgfm.
Desta vez, provamos a cereja do bolo do T-Cross, as versões com motor 1.0 TSI, chamadas 200 TSI, numa referência ao torque de 200 nm ou 20,4 kgfm.
Com 116 cavalos na gasolina e 128 no etanol, o utilitário esportivo terá a maior parte do mix para este propulsor, que parece ter se encaixado perfeitamente no pequeno SUV da VW.
Com este propulsor, o Volkswagen T-Cross 200 TSI é oferecido com transmissão manual ou automática Tiptronic, ambas com seis marchas. O último é dotado de paddle shifts no volante. Na configuração manual, o crossover vai de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos e atinge a velocidade máxima de 189 km/h.
No caso do câmbio automático, o Volkswagen T-Cross 200 TSI faz o mesmo em 10,4 segundos e alcança 184 km/h de velocidade final. De acordo com o Inmetro, o consumo médio da versão manual é de 9,1 km/l no etanol e 13,1 km/l na gasolina.
Já com câmbio automático, a média é de 8,4 km/l no combustível vegetal, enquanto o derivado de petróleo permite médias de 12,0 e 11,9 km/l, esta última na versão Comfortline.
Com foco na segurança, a Volkswagen explicou o desenvolvimento do T-Cross no tocante à proteção dos ocupantes, vindo hoje a receber um prêmio do Latin NCAP pela atuação nos últimos lançamentos.
De acordo com a marca, o crossover consumiu 4.600 simulações e 25.000 horas de ensaios para ter uma estrutura rígida o suficiente para dar uma boa proteção aos ocupantes.
Feito sobre a plataforma modular MQB-A0, o Volkswagen T-Cross tem em torno de 47,5% de aços de alta e ultra resistência, que garantem maior rigidez torcional e leveza ao conjunto.
O modelo vem de série com seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, bloqueio eletrônico do diferencial, cintos de 3 pontos no geral e sistemas Isofix e Top Tether.
Além disso, vem com discos de freio nas quatro rodas, bem como direção elétrica.
O Volkswagen T-Cross tem ainda uma série de itens de série desde a versão de entrada, que tem câmbio manual. Confira abaixo, os itens de cada versão e seus opcionais:
T-Cross 200 TSI – Equipamentos
T-Cross 200 TSI Manual – Fora os itens já mencionados, a versão de entrada do crossover vem com luzes diurnas em LED, faróis de neblina com função curva, lanternas traseiras em LED, rodas de liga leve aro 16 polegadas com pneus 205/60 R16, sistema de áudio Media Plus, suporte de celular com fonte USB, trio elétrico completo com tilt down e one touch nos vidros dianteiros, chave canivete com controle, ar-condicionado, sensor de estacionamento, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, encosto do passageiro rebatível para frente, banco traseiro bipartido, faróis com temporizador, luzes de leitura, entre outros.
Opcional: Interatividade I com multimídia Composition Touch e AppConnect com Google Android Auto, Apple Car Play e MirrorLink. Câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e tweeters. Preço: R$ 1.720.
T-Cross 200 TSI Automático – Como diferencial, essa versão vem grade em preto brilhante e o câmbio automático de seis marchas, além de controle de cruzeiro, volante multifuncional revestido de couro com paddle shifts, apoio de braço central com porta-objetos e saídas de ar condicionado para o banco traseiro, duas entradas USB para o banco traseiro, multimídia Composition Touch com tela de 6,5 polegadas e App-Connect.
Opcional: Interatividade II com câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e retrovisores com rebatimento elétrico. Preço: R$ 1.590.
T-Cross 200 TSI Comfortline Automático – A mais completa opção com motor 1.0 TSI, esta vem com rodas de liga leve de 17 com pneus 205/55 R17, ar-condicionado automático, alavanca de câmbio revestida de couro, banco do motorista com ajuste lombar, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, porta-luvas refrigerado, sistema s.a.v.e. no porta-malas, sensores de estacionamento dianteiros/traseiros e sistema de frenagem automática pós-colisão.
Visualmente ainda conta com colunas B em preto brilhante, bem como grade e para-choque traseiro com detalhes cromados, além de acabamento em tom azul e apliques diferenciados no painel.
Opcional: Design View agrega bancos de couro com detalhes na cor “Marrakesh Brown” e apliques decorativos no painel com detalhes na cor bronze namíbia. Preço: R$ 1.950.
Já o Exclusive & Interactive inclui multimídia Discover Media com navegador GPS, tela de 8 polegadas, comando por voz e entrada USB no console central, espelhos retrovisores externos com rebatimento elétrico, iluminação ambiente em LED, seletor do modo de condução (Eco, Normal, Sport e Individual), abertura das portas sem chave e partida do motor por botão e tapetes adicionais de carpete. Preço: R$ 3.950.
No caso do Sky View II, o pacote traz teto solar panorâmico, retrovisor eletrocrômico e sensores de chuva e crepuscular. Preço: R$ 4.800. Por fim, há também o pacote Premium com Park Assist 3.0, faróis full LED com luzes diurnas embutidas e sistema de som Beats com subwoofer. Preço: R$ 6.050.
T-Cross 200 TSI – Impressões gerais
Com 4,199 m de comprimento, 1,751 m de largura, 1,568 m de altura e 2,651 m de entre eixos, o Volkswagen T-Cross 200 TSI tem porta-malas variando de 373 a 420 litros, bem como tanque de 52 litros.
Visualmente, as versões mais simples do crossover não são de todo ruim em termos de acabamento.
A grade totalmente preta da versão manual, assim como da automática, nos faz lembrar dos VW nos anos 80, simples e funcional.
Fiel em estilo que consagrou a marca nos anos 70, o T-Cross 200 TSI só se atualiza mesmo na versão Comfortline, que fica próxima da Highline. Em contraste, todos vêm com faróis de neblina e LEDs diurnos, o que é bom.
Na traseira, independente da versão, todos possuem o mesmo conjunto de LED com máscara negra, fundidos num conjunto único, que dá mais personalidade ao T-Cross.
Embora seja pequeno, impressiona o entre eixos de carro médio, especialmente por denunciar isso com portas traseiras grandes. As colunas C largas dão mais rigidez ao conjunto, também em termos visuais.
Por dentro, no entanto, a simplificação do acabamento salta aos olhos, empregando muitos plásticos de tonalidades escuras, teto todo preto e volante sem detalhes. O sistema de entretenimento, embora tenha Android Auto e Car Play, também segue a simplicidade.
Na versão Comfortline pode-se desfrutar da multimídia Discover Media com tela de 8 polegadas e câmera de ré.
Nota-se a falta de USB no console, mas as saídas de ar com 2 USBs na traseira, tentam compensar o corte de custos no acabamento.
Os bancos possuem conforto relativo, enquanto o espaço interno é mais do que suficiente.
O porta-malas, porém, possui sistema de rebatimento e ajuste para se alcançar até 420 litros, o que tá ótimo.
T-Cross 200 TSI – Impressões ao dirigir
Mangaratiba-RJ – O Volkswagen T-Cross 200 TSI é aquele carro que você já sabe o que vai fazer, após já ter experimentado alguns dos irmãos mais velhos (leia-se Polo, Virtus e o up!) equipados com motor EA211 1.0 TSI de três cilindros.
Com seus ótimos 20,4 kgfm entre 2.000 e 3.500 rpm, o crossover anda muito bem, como já era de se esperar.
O pequenino de três pistões com turbo e injeção direta, completamente dá conta do recado. O propulsor tem muito vigor para empurrar o T-Cross 200 TSI, que apresenta boas saídas e retomadas superiores aos de crossovers concorrentes, devido a reação rápida do motor ao acelerador.
Essa esperteza chega a ser mais nítida que no 1.4 TSI.
Rapidamente o ponteiro sobre para a cada de 3.500 rpm e já se sente a força do 1.0 TSI, que logo mantém a casa em ordem lá pelos 2.000 rpm. Se subir o pé e manter, cai para 1.500 rpm e fica sobrando.
Nas subidas, no entanto, o câmbio parece vacilar na escolha da marcha e o giro pode cair rapidamente, embora o torque compense bastante isso e rapidamente uma marcha mais curta entra em ação para manter o giro nos 3.500 rpm.
O câmbio tem mudanças suaves e o escalonamento é focado na economia, tendo assim relações longas. Com um ruído característico, o 1.0 TSI do T-Cross chega a ronronar a 1.500 rpm no trânsito, parecendo que vai morrer, mas é apenas impressão, pois a resposta ao pedal é rápida o suficiente para fazer sumir a sensação ruim.
Nas mudanças manuais, via alavanca (disruptiva em termos de estilo VW) ou paddle shifts, o VW T-Cross 200 TSI mostra toda sua força, podendo ser esticado até pouco mais de 6.500 rpm, quando aparece o corte.
Ele é um pouco ruidoso, porém, somente em regimes bem altos de trabalho, pois na condução urbana ou rodoviária, ele se mantém na média.
Na estrada, consegue-se 2.000 rpm em sexta marcha ou 2.500 rpm no manual. Sim, andamos no manual também e a sensação não é a de dirigir um VW. Nesse caso, a alavanca tem engates duros e pouco suaves, bem diferente daquilo que a maioria conhece desde tempos imemoriais. Com o vigor de um jovem, o 1.0 TSI confere ao T-Cross uma tocada realmente prazerosa.
Com pneus série 60 e rodas aro 16 polegadas, o crossover absorve melhor as irregularidades e não perde tanto em estabilidade, com relação ao conjunto com rodas aro 17.
A direção é leve e agradável de manusear, atendendo também o sistema de freios “com tudo dentro”.
O comportamento dinâmico é bom e realmente a 200 TSI faz jus ao que se esperava dela. Anda bem e parece muito mais frugal que os números do Inmetro.
Se apenas tivesse opção desse motor, o VW T-Cross já estaria feito…
T-Cross 200 TSI – Galeria de fotos
Viagem a convite da Volkswagen.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!