Num tempo bem distante, o segmento de SUVs ainda era preterido por outros em nosso mercado, fazendo menos sucesso que os sedãs e hatches.
Ainda assim, ele já tinha um modelo que permanece até hoje, o Renault Duster.
Muita coisa mudou desde então, como a entrada de dezenas de rivais no lugar do Ford EcoSport, o único que brigava com o francês.
Mas será que o Duster segue como uma boa opção?
Confira os principais motivos para ter um na garagem!
O enorme porta-malas
O primeiro motivo para comprar um Duster não é surpresa para ninguém e já estava na lista de qualidades do SUV antes de sua reestilização.
Estamos falando do seu enorme porta-malas de 475 litros.
Esse tamanho o faz competir com utilitários médios quando o assunto é a capacidade do compartimento de cargas.
Para provar que não estamos exagerando, o Compass leva apenas 410 litros, enquanto o Corolla Cross comporta 440 litros.
E essa comparação seria até mais justa, pois entre os compactos apenas o Fiat Fastback (516 litros) ganha do modelo da Renault.
O francês fica acima de Kicks (432), Creta (422) e Nivus (415), sendo que os outros não chegam nem nos 400 litros.
Uma última informação importante é que essa capacidade do Duster ainda é pelo método VDA, e não pelas medições alternativas usadas pela Jeep e outras marcas para “aumentar” o tamanho do porta-malas de seus modelos.
A robustez de sempre
Outro ponto forte do Duster, que também faz parte de sua reputação por aqui desde a primeira geração, é a robustez.
É difícil encontrar outro SUV tão valente quanto o Renault, e isso para qualquer situação.
O que contribui para esse título são suas medidas, como os 237 mm de vão livre do solo. Além disso, o SUV é valente no fora de estrada, pois conta com ângulo de ataque de 30 graus e ângulo de saída de 34,5 graus, números excelentes.
Mesmo que você não vá colocar seu Duster numa trilha (infelizmente ele perdeu a tração 4×4), tudo isso vale para a cidade, onde o Renault enfrenta com facilidade as ruas esburacadas, valetas, lombadas e qualquer outro obstáculo urbano.
Finalmente, a suspensão do modelo reestilizado também melhorou.
Ela ficou mais firme e faz o motorista sentir o carro na mão em curvas mais acentuadas ou outras manobras bruscas.
O motor turbo que faltava
O modelo anterior já tinha diversas qualidades, como citamos acima, mas infelizmente ele ainda pecava ao oferecer o motor 1.6 diante da concorrência turbinada.
Com 120 cv e 16,5 kgfm, o desempenho era apenas razoável.
Mas com o novo motor 1.3 TCe, tudo ficou melhor, pois o SUV entrega 170 cv e 27,5 kgfm.
Aliado ao câmbio CVT de 8 velocidades, ele chega aos 100 km/h em 9,2 segundos e atinge 190 km/h de velocidade máxima.
Esse é o mesmo motor usado pela Mercedes-Benz em alguns modelos por aqui, então estamos falando de um conjunto que entrega suavidade do rodar e força quando é exigido.
Um detalhe curioso, e muito positivo, é que para acessar o motor você vai precisar de menos esforço. O Duster conta com abertura do capô com 2 amortecedores, algo raro até mesmo em SUVs mais caros.
Entre-eixos generoso
Com medidas generosas, o Duster promete entregar um espaço excelente para seus ocupantes. E isso se comprova quando comparamos seus números com alguns concorrentes no segmento.
O Renault mede 4,37 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,69 m de altura e 2,67 m de entre-eixos em todas as suas versões.
Especialmente quando falamos sobre o entre-eixos, temos uma medida acima da média entre os compactos.
O que mais se aproxima dele é o Volkswagen T-Cross, com 2,65 m, enquanto o Honda HR-V tem 2,61 m. Um pouco mais distantes estão o Jeep Renegade e o Chevrolet Tracker, com apenas 2,57 m.
Isso tudo gera mais espaço interno, especialmente para os ocupantes traseiros. Eles percebem uma folga um pouco maior para as pernas, ombros e cabeça.
Até mesmo o ocupante central, que costuma sofrer um pouco mais, vê que o duto central não é tão elevado, tendo até mesmo um recuo para colocar os pés.
Ainda que o Duster não seja mais uma referência em espaço interno, você terá um dos melhores da categoria nesse quesito se colocá-lo em sua garagem. E tudo isso com um porta-malas gigantesco.
Nova central multimídia
Algo que mudou bastante no novo Duster, se é que podemos chamá-lo assim, foi o nível tecnológico.
Um dos destaques foi a mudança na multimídia, onde a central Display Link substituiu a antiga MediaNav.
A primeira mudança entre elas foi no tamanho, pois a nova central tem 8 polegadas. Além disso, a Renault finalmente colocou o equipamento numa posição mais elevada, bem melhor que o visto no primeiro modelo.
No dia a dia, você vai perceber que a interface ficou mais intuitiva, com comandos mais rápidos e a ótima opção de adicionar até 6 usuários, cada um com suas preferências sempre salvas.
Como de costume no mercado, ela vem com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de permitir usar diversos aplicativos, como Waze, Spotify, Google Maps, entre outros.
Além disso, vem com 2 entradas USB-C e outra USB-A na parte frontal, além da conexão Bluetooth.
Outras novidades do SUV na lista de equipamentos incluem o carregador de smartphone por indução e o sistema Multiview, com quatro câmeras que dão uma visão frontal, lateral e traseira do carro.
Conclusão
A briga ficou mais intensa para o Duster, que deve sentir saudades do tempo em que sua única preocupação era o EcoSport.
Mas isso também contribuiu para que ele chegasse a outro nível na parte mecânica e na lista de equipamentos.
Com essas mudanças, o modelo da Renault ainda se mostra uma ótima opção no segmento, especialmente por ter um preço inicial abaixo da concorrência.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!