Carro da semana, opinião de dono: Volvo XC60 T5 2013

Olá, meu nome é Gustavo Romano e antes de tudo, gostaria de parabenizar todos os membros desse blog automotivo pela belíssima obra de arte que estes veem construindo nesses últimos anos.

Primeiramente gostaria de relatar que não tinha intenção de realizar a compra desse veículo, meu veículo antigo era um Hyundai Santa Fe 3.5V6 4WD, ótimo carro que só rendeu elogios de todos que o viam e testavam.

Passado dois anos com o Santa Fe, vi a necessidade de trocá-lo, estava quase comprando um Novo Hyundai Azera, porém, devido ao alto prazo de entrega do carro acabei não comprando-o, assim, fui a Volvo ver o S60, até mesmo porque li a Avaliação que o NA fez com este sedã e gostei do carro.

Chegando a loja, era o lançamento do XC60 T5 R-Design, incrível como esse carro me conquistou, nunca fiquei tão apaixonado por um automóvel como fiquei por esse.

Acabei realizando a compra do modelo, na cor exterior Electric Silver e interno mesclado bege com preto, por R$172.900.

Volvo XC60 2019 ficou mais pesado, mas melhorou

A autorizada Autostar Volvo cumpriu a promessa de que o carro estaria em minhas mãos em uma semana.

Os diferenciais da versão R-Design para as outras tradicionais são: spoilers dianteiros, laterais e traseiros, aerofólio maior, escapamentos duplos cromados, rodas de liga leve aro 20, detalhes externos na cor prata, retrovisores externos prateados e kit multimídia completo.

O carro é bastante completo impressionando a todos que o veem, o modelo conta com ar-condicionado digital dual zone, kit multimídia com GPS, DVD, Bluetooth, câmera de ré e entradas auxiliares, freios ABS com EBD (o que seria óbvio em um Volvo), oito airbags, teto solar panorâmico, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro.

Tem ainda botão de partida com sistema Easy Entry, sensores de chuva e luz, sistema de som premium, faróis de xênon com lavadores, freio de estacionamento elétrico, piloto automático adaptativo (o famoso ACC da Volkswagen), retrovisores rebatíveis eletricamente, City Safety (irei comentar sobre esse diferencial da Volvo posteriormente), lanternas dianteiras e traseiras em led, bancos e volante em couro com ajustes elétricos, memória para bancos, volante e retrovisores externos, controles de tração e estabilidade, entre outros.

Não tenho profundas reclamações em relação ao carro, só devo destacar dois pontos, o espaço interno traseiro me deixou um pouco decepcionado, não que o mesmo seja pequeno, porém o do Santa Fe é mais amplo.

E o outro é que o carro não esterça muito, assim, ficam meio complicado as manobras dentro da garagem do meu prédio.

Ponto a Ponto

Desempenho: O motor 2.0 turbo de 240 cavalos é um dos pontos em destaques desse carro, é o mesmo utilizado em alguns modelos da Ford, onde podem ser denominados Ecoboost, ele pode ser visto no novo Fusion e no Range Rover Evoque.

É impressionante a força de arranque desse motor, apesar de o carro ser pesado, o 0 a 100 km/h é feito em impressionantes 7,8 segundos. Nada fica devendo aos V6 beberrões, que tem um desempenho semelhante ao desse 2.0, comparando ao Santa Fe que tem 285 cavalos, esse motor turbo arranca mais que o V6;

Dirigibilidade: O carro é bem assentado, apesar de ser um carro alto faz, faz curvas como um sedã esportivo, sem inclinar nelas, diferentemente do Santa Fe que a traseira saí um pouco em curvas em alta velocidade. Mesmo com os pneus de perfil baixo, ele passa pouco as imperfeições de nossas ruas esburacadas;

Segurança: É aí em que o carro se destaca, além dos oito airbags, freios ABS com EBD, controles de tração e estabilidade, o carro conta com um sistema diferencial chamado City Safety que eu pensava que nunca iria utilizar.

Porém, em uma briga de trânsito, onde um Kia Cerato estava em uma velocidade de 20 km/h numa avenida onde o máximo permitido era 60 km/h e eu com pressa e sem condições para ultrapassá-lo, pensei em chegar bem perto atrás dele.

Quando isso aconteceu, meu carro parou totalmente, ligou o pisca-alerta, começou a tocar o alarme e no painel e no multimídia ficaram aparecendo “City Safety ativado” com um ponto de exclamação, tirando as cores dos botões internos que mudaram para vermelho, depois foi só ligar o motor novamente e continuar rodando, porém imagina o mico que eu paguei na rua.

Além desse sistema ele tem o Volvo On Call, que eu controlo todas as informações do carro no meu smartphone, vejo se ele está aberto, se disparou o alarme, aonde foi estacionado e também através deste eu tenho a localização exata do carro em caso de roubos por exemplo.

Há também um sistema interessante, que, quando disparado os airbags o carro contata diretamente a emergência e a Volvo.

Preço: Bom, todos sabem que 170 mil é um valor alto para se gastar em um carro, porém não acho o XC60 caro para a categoria em que ele concorre, em revistas americanas, as mesmas sempre comparam o carro a Audi Q5, BMW X3, mas em nosso país esses dois utilitários começam em 220 mil reais, preço da versão T6 R-Design do XC60(a mais completa), os concorrentes dele aqui são BMW X1, Audi Q3 e Range Rover Evoque, carros de dimensões menores e preços semelhantes ao Volvo.

Consumo: Acostumado com a média 6 km/l do Santa Fe, eu agora economizo muito mais em gasolina, o XC60, apesar se ser um utilitário pesado com 1.638kg tem um consumo de 7~7,5 km/l na cidade e 9,5~10 km/l na estrada.

Acabamento: É realmente impressionante o acabamento extremamente cuidadoso e com uma qualidade incrível presente nesse carro, o painel e as portas inteiras são emborrachadas, nada de plástico duro, embaixo do multimídia encontra aço escovado, couro em todos os lados, o chão, apesar dos tapetes, é todo coberto de veludo, assim como o porta-malas e o porta-luvas.

Vida a bordo: O carro tem tudo para agradar o motorista, o som com uma ótima potência, o rodar macio e silencioso, além de vários mimos que o carro dispõe, como a memória para os bancos e retrovisores, quando vejo que o banco não esta regulado como eu deixei é só segurar a posição ‘1’ da memória que tudo volta ao normal.

A multimídia é bem completa, o sistema automático de qualidade do ar, uma vez estava parado no farol atrás de um caminhão velho e quando o mesmo acelerou e soltou aquela fumaça fedida o carro ativou esse sistema automaticamente.

Conforme o dia vai escurecendo a intensidade da iluminação do painel vai diminuindo, assim, não atrapalhando o motorista com a forte intensidade da luz proveniente da tela multimídia do carro.

As revisões são feitas a cada 10 mil quilômetros, diferentemente da Hyundai que dispunha de preços tabelados (e valores baixos, gastei 258 reais na primeira revisão do Santa Fe), eu já estou pronto para receber um valor alto para pagar, mas meu carro ainda está com 2.000 km rodados, assim longe de fazer a revisão.

Estou muito satisfeito com meu carro e o recomendo, muitos irão me questionar falando que eu deveria ter comprado um Evoque, só que eu sou daquelas poucas pessoas que não gostam de aparecer e se destacar nas ruas, e nesse quesito a Evoque é campeã.

Mas mesmo assim o meu carro chama bastante atenção na rua, despertando olhares curiosos.